31 de março de 2006

Máquina consoladora - uma peça deliciosa da minha colecção

Quem se lembra de em Janeiro de 2005, a propósito de uma «corrente de dildos», eu ter apresentado aqui a máquina consoladora, peça da minha colecção?
Na altura não expliquei a origem desta geringonça. Tal como o jogo «não vale espermentar», é uma réplica. Neste caso, de um banquinho mecânico de uma exposição sobre bruxaria que visitei há uns anos em Óbidos.
Segundo a anotação que os organizadores lá tinham, tratava-se de um banco usado por uma bruxa. Se era, imagino que fosse para aliviar as dores de andar montada o dia inteiro numa vassoura, que deve dar mais cabo das partes pudibundas que um selim de bicicleta (e, claro, bicicleta sem selim mais ainda).
Foi só fazer um rabisco num papel e encontrar, passado algum tempo, a pessoa indicada para executar este trabalho: o pai de uma colega minha. Segundo ele contou, quando terminou a obra foi mostrá-la a todos os amigos da aldeia. Levava-a embrulhada num cobertor e, quando a mostrava, a galhofa era geral.

Máquina consoladora

29 de março de 2006

O Zezinho... - por Charlie

Quem o via passar pela rua e a cumprimentar elegantemente as senhoras que passam, nunca poderia suspeitar o drama que José Carlos Arruda vivia.
Como ele, muitos homens passam a terrível experiência de nunca ter tocado numa mulher.
Não que tivesse falta de interesse ou de estímulo.
A verdade é que Zezinho era até conhecido, na sua juventude, pelo «molinhas».
Porém, da primeira vez que entrou nas gostosas intimidades, com a Maria Tomásia, a sua primeira namorada, mal chegou a enfiar-lhe a mão direita pelo intervalo das cuecas e a esquerda no apuro dos bicos dos mamilos.
Num repentino estremecer de todo o seu corpo, atingiu o clímax, agarrando fortemente um mamilo, e fazendo-a a gritar de dor, nuns gritos que se misturavam com as suas interjeições de gozo. As unhas da outra mão cravadas no mais íntimo da sua feminilidade.
A custo recuperou dessa experiência, já não na Escola. A notícia correra depressa entre todas, mas ao seu segundo relacionamento o desastre foi ainda pior que o primeiro. Levado pelo receio dum orgasmo precoce, nem lhe chegou a deitar as mãos, bastando-lhe os beijos e o sentir próximo de mulher a passar junto ao corpo.
Ficou olhando para ela, de olhar incrédulo, enquanto uma mancha aparecia lentamente nas calças, aí nesse sítio onde todas as mulheres deitam os olhares.
Sem mais palavras tudo acabou nesse instante, sempre ele a sentir-se mal, sem autocontrolo, apenas uma desgraça de esperma em ponta, pronto a saltar ao primeiro sinal.
O terceiro foi tão mau como o primeiro e marcou-lhe o ponto final das aproximações ao belo sexo.
José passou a ser o que é hoje.
Os cumprimentos efusivos e delicados a todas as mulheres que o deixam de olhares semicerrados e sonhadores. Depois, sem muita pressa e sempre levado pelo sonho, afasta-se com discrição e, mal sai da vista, vai rapidamente para casa.
Quem precisa duma mulher quando se tem à sua disposição a amante mais fogosa e paciente que alguma vez conhecera?
Uma vez no privado do seu lar, despe-se peça a peça. Mira-se ao espelho enquanto a mão sobe devagar pelas pernas, polegar a arranhar a pele em desenhos aleatórios e os dedos médio, anelar e mindinho descobrem os pontos sensíveis nos testículos e seus arredores.
Depois, sempre de olhar preso ao espelho, deixa o indicador abraçar tudo a meias com o polegar já em posição complementar.
Os olhos fecham-se e, calmamente, com toda a paciência do mundo, saboreia os corpos em paladares numa mão cheia de sabores e nuances.
Nem uma única vez precoce... Na sua subida, todas elas vão ficando saciadas pelo caminho, uma após outra, até que ele triunfante as mira de rostos satisfeitos e felizes, e segue sempre subindo até ao cume onde finalmente num grito longo fica clamando, em apoteose, a vitória da sua virilidade...

Charlie

25 de março de 2006

Publicidade

O ano passado a Dove utilizou na sua publicidade mulheres que fogem às medidas, tamanhos e feitios do que é considerado elegância e beleza pelos cânones actuais. A Dove sabe que a mulher comum tem sardas, é farta de carnes, tem o nariz comprido ou a testa alta, etc., etc.
Este ano a Dove ataca de novo usando o mesmo conceito, mas não despindo as mulheres como no ano passado. Este ano veste-as. E veste-as com t-shirts que ostentam frases bem provocatórias. É possível comprar as
ditas t-shirts e assim, contribuir para um fundo com o feliz nome «Fundo de Auto-Estima».
Um verdadeiro mimo!

23 de março de 2006

21 de março de 2006


Crica na imagem para visitares a sexão de livros da loja da funda São
,
onde te ode o Dom OrCa, encontras a poetusa Encandescente e
a poesia Hard do Dick dito, entre outros.

O vendedor de soutiens

Há homens que nascem para o trabalho
outros gozam à brava na cama
mas só os vendedores de soutiens
trabalham e vivem da mama.

Luís Graça
«De boas erecções está o inferno cheio - poesia satírica de Dick Hard»
Edições Polvo - 2004 - 63 páginas

18 de março de 2006

Moda só para mulheres - mais publicidade genial

A Gotinha descobriu mais uma maravilha da publicidade, desta vez no blog Twenty Four. Aqui, trata-se de anúncios a uma boutique de Milão - Antonia - só para senhoras: um, outro, mais outro e outro e ainda outro.

(crica na imagem para aumentar)
No mesmo blog encontram-se pérolas como esta campanha da Chambre69, em que se compara o custo dos vibradores que comercializam com os custos de manutenção dos... homens (recomendo que criques em cada uma das imagens, para veres as contas em detalhe).

11 de março de 2006

A propósito de Publicidade Altamente FUNDA_mentada

Ultimamente podemos verificar que uma conhecida clínica de estética, depois de realizar estudos intensos de opinião pública, constatou que
eles não gostam de celulite
usando uma fotografia de uma mulher lindíssima, feita por um ainda mais lindo fotógrafo e trabalhada por um ainda mais lindo técnico de photoshop:

Ora nós, após grandes estudos de opinião, quisemos contribuir para este valioso estudo sociológico e comunicamos que
elas não gostam de:
Sendo que existem excepções, admitimos que o único homem barrigudo, porco, desleixado, absurdo, burro, idiota e mal cheiroso que adoramos é:

Conclusão do estudo - A celulite não existe. Aqueles buraquinhos todos nas nossas coxas e nádegas querem apenas dizer: "eu sou tão boa" (em braille)

Nos saldos também se encontra boa publicidade


Desconheço o autor da fodografia ou
a loja mas a Gotinha recebe tudo...

10 de março de 2006

Deram música à Encandescente!

A banda Karpe Diem musicou um dos poemas da nossa poetusa Encandescente. E graças ao Ognid e à sua Catedral, podes ouvir o poema «É tua» adaptado por aquele grupo, num trabalho que brevemente estará disponível no mercado: Crica aqui para ouvires.

É tua

Quero roubar-te a alma
Por isso te devoro o corpo
Na tentativa de encontrá-la
Na tentativa de capturá-la
Em algum recanto secreto
Que a minha mão ainda não tocou
Que a minha boca ainda não beijou
Que ainda não descobri.
Por isso te prendo nos braços
Te saboreio aos pedaços
E respiro na tua boca
E pergunto na tua língua
Onde guardas a alma
Que ainda não a vi?
E tu respondes sorrindo
Apertando-me nos braços
Depois do espasmo final
Depois da entrega total:
- Não a tenho. Está em ti.

In "Encandescente", pág. 18, edição Polvo 2005