30 de março de 2009

A malta do IMAGO é fixe!

aqui vos contei da próxima edição do IMAGO - a décima - que decorrerá entre 26 de Setembro e 5 de Outubro.
Achei excelentes os folhetos (com um buraco multi-usos) e os chupa-chupas caralhinhos de chocolate. Pois o Sérgio, da cooperativa Cinemajovem, fez-me chegar esses meios promocionais e ainda três pins com o logotipo do evento e uma lâmpada isqueiro com a inscrição «get hot at ImagoFilmFest.com». E a minha colecção ganha mais umas peças de publicidade erótica.
Tantos miminhos deixam-me molhadinha... e ainda mais convencida que o 12º Encontra-a-Funda será por terras do Fundão...



28 de março de 2009

Mas este gajo não pára?!

Este tal de Paulo Moura apareceu há duas semanas com uma carta ao Correio dos Leitores do jornal «Gazeta das Caldas». No «Expresso» da semana passada saiu um artigo sobre a louça malandra das Caldas em que referiam que "recentemente, um coleccionador de Coimbra sugeriu a criação de um Museu do Erotismo nas Caldas".
E na passada sexta-feira a «Gazeta das Caldas» publicou um extenso artigo com uma reportagem com esse gajo que me anda a imitar e, mais estranho ainda, é indicado como co-autor deste meu blog quando ele - garanto-vos - nunca pôs cá os pés!

“As Caldas da Rainha era a cidade ideal para se criar um Museu do Erotismo”

"Tem a maior colecção de objectos eróticos do país e já propôs ao presidente da Câmara das Caldas cedê-la para integrar o museu português do erotismo, à semelhança do que existe noutro países. A cidade da tradição cerâmica tem condições ímpares para isso, afirma Paulo Moura, gestor, que guarda na sua casa, em Coimbra, um invulgar acervo que merece ser exposto.
“O que para mim é importante é desmistificar todos os tabus e preconceitos ligados ao erotismo e apresentá-lo como algo o mais natural possível”. Paulo Moura, 48 anos, licenciado em Economia, com obra publicada na área da Gestão, é casado, tem duas filhas e até prefere não ser fotografado. Tem um hobby que começou como brincadeira – coleccionar tudo o que tenha a ver com o erotismo, actividade a que se dedica nas horas vagas, a par da participação num blogue de que é co-autor e que se chama “a funda São”.
“Quando estava na tropa trouxeram-me umas ampolas de vidro com uns motivos eróticos no interior, uns bonecos muito perfeitos, uma verdadeira obra de arte, que vim a saber mais tarde que eram de um vidreiro da Marinha Grande que, após o trabalho na fábrica, fazia aquilo em casa”. (Como os caldenses se recordam estes objectos eram fabricados na cidade vidreira para serem vendidos nas Caldas durante a ditadura, uma vez que nesta cidade havia uma espécie de tolerância para este género de actividade.)
Foi este o início de uma colecção que o então aspirante miliciano não imaginava que viesse a somar, anos mais tarde, milhares de artigos entre peças históricas, revistas, livros, cartazes de cinemas, brindes publicitários, relógios, amuletos, artesanato, desenhos originais, mecanismos, amuletos, moedas e até pacotes de açúcar e chávenas de café.
Um espólio amontoado em dois anexos de uma vivenda nos arredores de Coimbra, no qual predominam, naturalmente, as peças em cerâmica. Ex-gestor das Faianças Subtil nas Caldas da Rainha, Paulo Moura, conhece a cidade e engrossou a sua colecção com típico artesanato caldense.
Há dois anos propôs ao presidente da Câmara ceder a sua colecção para um Museu do Erotismo nas Caldas através de um protocolo onde ele próprio pudesse também ter algum grau de envolvimento.
“Vender isto está fora de questão, até porque é uma tarefa sempre inacabada”, diz. “Mas doá-la, cedê-la, emprestá-la, enfim, arranjar uma maneira de a mostrar ao público era algo de que gostaria porque seria o início de um projecto que ainda por cima pode ser rentável”.
O coleccionador já teve uma proposta para fazer algo idêntico em Albufeira, num negócio que beneficiaria do vasto mercado turístico algarvio. “Mas é muito longe e eu não poderia participar... Acho que as Caldas é que era o sítio ideal para expor isto”, reafirma, descartando qualquer intenção de protagonismo. “Assumidamente, o meu único interesse é divulgar a colecção”, diz de forma peremptória.
Paulo Moura concebe este projecto instalado numa casa de habitação no centro das Caldas. “Nada de armazéns e de espaços amplos onde isto se perca. Tem de ter o seu quê de intimista, com salas temáticas, uma biblioteca, uma loja e zonas para fazer exposições temáticas”, refere. Uma das ideias era integrar no museu uma oficina de artesanato que reuniria alguns artesãos, onde estes poderiam trabalhar ao vivo.

Erotismo é o amor pelo sexo

Mas afinal o que é o erotismo? Entre tantos objectos, quais são dignos de figurar num museu?
O coleccionador não gosta da palavra “museu” porque tem associada uma carga pesada, voltada para o passado. Prefere falar numa Colecção ou Exposição do Erotismo. E quanto à definição prefere uma abordagem simples: “Erotismo é o amor pelo sexo; pornografia é o sexo pelo sexo”.
Lapidar. Apesar do seu blogue “a funda São” ter conteúdos que oscilam entre uma coisa e outra pois as fronteiras nem sempre são fáceis de estabelecer.
Em Paulo Moura, o que mais lhe agrada são as inúmeras ramificações a que o tema erotismo se presta e que são bem patentes na sua colecção.
Há o óbvio: as peças de escultura e de artesanato, as estatuetas vindas da Indonésia, Nova Guiné, Venezuela, Índia, Brasil, Tailândia e ...das Caldas. Mas há objectos arqueológicos romanos autênticos e também réplicas. Há peças em marfim, em porcelana, em madeiras nobres e também muita coisa em plástico.
Depois há os livros e revistas. Banda desenhada erótica do séc. XIX, edições de respeitáveis publicações dedicadas ao sexo, há poesia e romances, há abordagens históricas, fotográficas, um sem número de ângulos e formas de abordagem destas temáticas.
Há artigos da Letónia e porcelana russa, frascos de perfume da China, chávenas de café portuguesas. E também velhos películas para ver em Super 8, filmes VHS, imagens a preto e branco em vários suportes.
E descobre-se que há também objectos, cartazes, utensílios do nosso dia a dia aos quais não atribuímos nenhum significado erótico, mas que, aqui, fazem todo o sentido. Afinal, a publicidade e o marketing não têm exactamente como objectivo fomentar o desejo? E quantas mensagens subliminares não estão presentes em inúmeros sacos, posters, embalagens e nos próprios objectos?
Com um valor superior a 200 mil euros, parte desta colecção permanece encaixotada, sendo muitos os objectos e livros que se não vêem.
À espera, talvez, de uma cuidada selecção e catalogação a fim de figurarem num espaço aberto ao público. Nas Caldas da Rainha...?
Carlos Cipriano"

"ASAE encerrou uma sex shop em Santarém...

... por se encontrar demasiado próxima do cemitério de Santarém. O estabelecimento carecia de licenciamento por não respeitar a distância legal de 300 metros em relação a locais de culto, e foi fechada no início de Janeiro, poucos dias depois de ter reaberto ao público. A sex shop abriu inicialmente na rua Pedro Santarém, mas já tinha sido visitada e multada pela ASAE por não cumprir a distância em relação a um estabelecimento escolar."
Jornal «o Ribatejo»

É a lei que temos!

Padma Lakshmi faz amor com um hamburguer enorme


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26 de março de 2009

Madonna mia! Que belas... telas!


«Atira-nos água»
de d!o

Esta e outras t-shirts da funda São (incluindo, claro, a badalada «Faz-me um Bico») nesta página deste vosso blog que s'assina «a funda São».

23 de março de 2009

Força na verga, senhor Francisco Agostinho!

No passado sábado, o «Expresso» publicou um artigo sobre a louça malandra das Caldas, com destaque para o senhor Francisco Agostinho, cuja oficina visitámos no 10º Encontra-a-Funda. Na altura, cantámos-lhe um fado da autoria do Charlie, que posteriormente foi ilustrado pelo Raim: «a lenda oculta das Caldas e o Chico das Piças». Oferecemos-lhe ainda um desenho emoldurado feito pelo mestre Raim.
O título da notícia é «o fim da louça malandra». Espero que se enganem!


O recorte da notícia está aqui.
Entretanto, houve um detalhe lá que chamou especial atenção (bem hajas, Charlie):

Quem será aquele "coleccionador de Coimbra"?!

Preservativos só em casos extremos

A Didas indignou-se com o Bispo de Cabinda:
"Que as tentativas do Papa para defender que o preservativo não deve ser usado como forma de combater a SIDA estão a ser uma verdadeira comédia, já sabíamos. É tão ridículo que nem os católicos conseguem defender a ideia com alguma convicção. Mas o prémio vai mesmo para o Bispo de Cabinda, a titubear qualquer coisa sobre usar preservativos só em casos extremos. Vamos tentar especificar: O que são casos extremos neste contexto? Oh Sr. Filomeno, explique lá que a gente não entende."

Nem parece teu, Didas, mas entendeste tudo mal. Ele falou em italiano: "cazzo extremo". Cazzo é... o... coiso (pesquisa "cazzo" nas imagens do Google e logo vês). E lá pelas áfricas é sabido que eles têm um coiso enorme. Mas isso para eles é normal. Se der a volta de forma a correr o risco de se enfiar no próprio cu, é de tamanho extremo. Nesse "cazzo extremo", a igreja aceita que o gajo use preservativo.

22 de março de 2009

Com cartas assim joga-se com outra disposição

Recebidinho de fresco na minha colecção, este magnífico jogo de cartas: «Erost», de Eric Provoost. Todas as cartas têm um desenho diferente... e qual deles o melhor. Um mimo... e eu que adoro miminhos...

Imagens aqui (só para adultos): A caixa, a carta com a tiragem, o quatro de copas, a dama de copas e um dos jokers.

O tamanho do hamburguer conta

21 de março de 2009

Durex - «na cozinha»

Abrigo de montanha pitoresco

Anúncio da lingerie Agent Provocateur

20 de março de 2009

Lá como cá

Um estudo na Alemanha revelou as 10 profissões menos eróticas:

> criador de gado
> técnico de tratamento de esgotos
> cobrador
> funcionário de sex-shop
> funcionário das finanças
> oficial de diligências
> funcionário da recolha do lixo
> agente funerário
> açougueiro
> professor

Notícia de DW-World.de

E que tal esta primeira edição...

... de «Aphrodite» de Pierre Louys, editado por Les Éditions du Mercure de France em 1896?
É um romance erótico que conta os amores entre um escultor e o seu modelo, na Grécia antiga.

19 de março de 2009

Viva a malta do Arraial Pride

A lady.bugaqui marcou na nossa agenda o Arraial Pride no dia 27 de Junho, em Belém (não o do presépio mas o de Lisboa). Em princípio, aproveitaremos esse evento para fazermos o nosso 11º Encontra-a-Funda.

O blog do Arraial Pride ajuda-nos a manter-nos a par das novidades e o «Oh! Gina», fanzine heterogaylesbiantrans de distribuição gratuita a quem lhes pedir, transmite-nos o espírito saudavelmente louco desta malta. Ficam a saber, por exemplo, que vai haver "Gay Games no Arraial - lançamento da pochete, arremesso da tairoca ao Papa e 100 m salto alto".

O nº1:

Frente e verso (com calendário de reboques) do nº2:

18 de março de 2009

Habemus Papam (para mal dos nossos pecados)

Público de hoje (na edição impressa, mas há um resumo aqui):

Primeiro dia da visita de sete dias a África ficou marcado por declarações feitas ainda no avião sobre o uso de preservativo e o HIV: A "tragédia da sida não pode ser resolvida só com dinheiro, nem pode ser resolvida com a distribuição de preservativos, que pode até aumentar o problema", afirmou ontem, no avião que o levava à capital dos Camarões, Yaoundé, o Papa Bento XVI.
A solução está antes, defendeu, no continente mais afectado pela doença, "num despertar humano e espiritual" e ainda na "amizade para com aqueles que sofrem" da doença, cita a AFP.

____________
Recomendo que afundes nos comentários. E deixo-te aqui o mesmo tema visto por dois génios da ilustração:


Raim



Henrique Monteiro

Tarot indiscret

Mais um tarot erótico para a minha colecção (e já são mais de dez).

17 de março de 2009

O «DiciOrdinário» está quase a sair

Já está na tipografia e, se tudo correr bem, no mês de Abril estará à venda nas livrarias.


... e mais algumas que foram a seguir... para (claro) tapar buracos...

Missão quase cumprida, Raim.
Estás quase a iniciar o teu trabalho de funda directora de marketing, Gotinha.
Entretanto, a DiáCona não perdeu tempo a abençoar esta obra:
"Tchap! Tchap! Tchap! Muita água Benta sobre esta aleivosia pérfida e soez! Tchap! Tchap Tchap! Mais água Benta. A minha luta é firme e segura! Tchap! Tchap! Tchap! Já sinto a água escorrer pelas entranhas em abluções purificadoras enquanto Belzebú estrebucha de raiva. As folhas deste dicionário ordinário já se empapam e desfazem. As próprias fogueiras dos Infernos vacilam de impotência perante a força do meu combate! Mas tenho o Senhor do meu lado e ao seu lado a vitória será o prémio da porfia! Tchap! Tchap! Tchap! Mais água e mais oração. Orai, almas perdidas, orai! O Vosso fim está próximo! Orai.... "

Levi's - «Ninguém é bom na primeira vez»


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16 de março de 2009

Um livro com mais de 200 anos para a minha colecção *

«Lettres philosophiques par M. de V*** avec plusieurs pièces galantes et nouvelles de différens auteurs critiques et satyriques, Suivies de l’Ode à Priape, de l’Epître à Uranie, du Chapitre des Cordeliers, & c. Augmentées de la Comédie Galante de M. de Bussy, &c. à Londres, 1781» de vários autores, entre os quais Voltaire.

A Comédie Galante da condessa Olonne de Bussy começa assim: «Ah que je fout... bien maintenant 4 coups!»

Outro exemplo:
«Amants, ne jugez pas du c... par le visage.
Les dévotes beautés qui vont baissant les yeux
Sont celles plus souvent qui chevauchent le mieux.
Telle d’un air bigot, vous affronte et vous dupe,
Qui pour un malheureux vingt fois leva la jupe,
En feignant de prier, en fermant son volet,
Pour un godmiché quitte son chapelet.»




__________
* É rata do Carlos:
"São,
Não leves a mal mas logo na primeira leitura deste título interpretei como se a colecção tivesse mais de 200 anos: «Um livro para a minha colecção com mais de 200 anos». Não querendo ser Antonino, parece-me que ficaria melhor «Um livro para a minha colecção, (vírgula), com mais de 200 anos» ou então "Um livro com mais de 200 anos para a minha colecção"
Enfim, manias...
Aquilino Saramago Lobo Antunes d'Eça Ribeiro"

11 de março de 2009

Culpa



Loleg

10 de março de 2009

São Mamede ou San Mamante

As coisas que se aprendem por aí!
Segundo Manuel Anastácio, do blog Literaturas, São Mamede, que deu o nome à batalha em que D. Afonso Henriques bateu na mãe, foi um santo lactante. E explica: "(...) é deveras interessante, tanto pelo tabu que em relação ao assunto hoje se faria (um santo que dava de mamar a crianças é algo de altamente suspeito hoje em dia e resultaria em acusação de crimes vergonhosos)". Uma versão da história de São Mamede é que "São Mamede (Saint Mammant, versão afrancesada de San Mamante, em Italiano; apesar de hoje se utilizar, em França, a versão Saint Mammès) terá encontrado um bebé abandonado e, não tendo com que o alimentar, recebeu a graça divina da lactação." Seja ou não esta a versão correcta, "tornou-se no santo padroeiro da amamentação, o que é deveras curioso, sendo homem e não mulher". E Manuel Anastácio até nos ensina que "Aristóteles considerava que os fluidos corporais, como o esperma e o leite eram produzidos no organismo, de forma semelhante, a partir da cocção do sangue. As mulheres nunca seriam capazes de produzir esperma (que Aristóteles considerava um fluido de grande perfeição, vá-se lá saber por que razão...) porque o seu calor corporal seria sempre insuficiente para a formação de tão exigente emanação. Já o leite, que seria um tipo de esperma imperfeito, não exigia tanto calor, pelo que as mulheres o fariam facilmente. Mas a fúria misógina da Ciência aristotélica vai ao ponto de nem sequer dar a exclusividade da produção de leite à mulher - de facto, o homem também tem mamilos, pelo que seria perfeitamente natural que, em certos casos, produzisse este fluido nutritivo".
E conclui: "Daqui, resta reter que o Santo que presidia ao local onde se deu, de facto, o desmame de Afonso Henriques, não era mais que o santo da amamentação. Curioso."
Não sei onde é que o Manuel Anastácio aprendeu isto tudo mas que é interessante, é.

Anúncio das forças armadas da Ucrânia


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9 de março de 2009

Há um gajo que tem uma colecção de arte erótica, como eu...

... e pelos vistos escreveu para o Correio dos Leitores do jornal «Gazeta das Caldas». Transcrevo o artigo na íntegra porque até parece que foi escrito por mim:

Loiça das Caldas meio ausente do Museu do Erotismo de Paris

Li o artigo «Loiça das Caldas meio ausente do Museu do Erotismo de Paris» e fiquei muito satisfeito por constatar que tenho um projecto que corresponde, pelo menos no meu ponto de vista, ao espírito desse texto, nomeadamente quando questiona se a cidade das Caldas da Rainha não poderia ter, tal como algumas importantes cidades europeias, dos EUA e da Ásia, um museu do erotismo "que chamaria muitos mais visitantes do que os outros museus existentes na cidade, até porque estaria ligado à faceta mais conhecida das Caldas a nível nacional e internacional".
Sou gestor de empresas e nessa qualidade tive muito gosto em trabalhar nas Caldas da Rainha, entre 1996 e 2000, como administrador-delegado de uma empresa de faianças.
Sou também coleccionador, há 25 anos, de arte erótica, tendo neste momento reunido um espólio já bastante interessante - e em constante crescimento - de pinturas (a óleo, acrílico, aguarela,... de artistas contemporâneos de diversos países), desenhos (a lápis, carvão, pastel,...), gravuras, livros (mais de 1.000, sendo alguns exemplares antigos e raros - romance, poesia, teatro, história, banda desenhada, arte, didáctica,... - todos dentro da temática do erotismo e da sexualidade), jogos (cartas, tarots, etc.), estatuetas (em bronze e outros metais, madeira, marfim, barro,...), mecanismos, brincadeiras e surpresas, revistas, publicidade em diversos meios e suportes, etc. É arte erótica um pouco de todo o mundo (incluindo Europa, EUA, Canadá, Perú, Brasil, África e Ásia). Muitas são peças únicas e algumas são mesmo originais, concebidas por mim e executadas por artesãos de diversas especialidades e de vários pontos do país. E, por vezes, mais interessantes que as peças em si, são as histórias que há por trás de cada uma delas.
Tenho, como não podia deixar de ser, muitas peças de "louça malandreca das Caldas", tanto a tradicional como peças únicas de artistas dessa cidade. E estou certo que um espaço deste tipo iria ajudar a reavivar a «louça malandreca das Caldas», que em meu entender está estagnada em termos de criatividade e inovação.
Aproveito, por isso, a "boleia" do vosso artigo para manifestar que, caso a Câmara Municipal das Caldas da Rainha ou outras entidades (públicas ou privadas) estejam interessadas em avançar com uma parceria no sentido de criar um espaço dedicado ao erotismo nessa cidade, da minha parte há uma total disponibilidade para criar um espaço aberto ao público expondo de forma permanente a minha colecção de arte erótica e que pudesse ter várias valências, nomeadamente: - exposições temporárias;
- organização e apoio de eventos;
- divulgação privilegiada do artesanato erótico das Caldas, com um espaço autónomo e iniciativas direccionadas nesse sentido;
- biblioteca;
- loja com artigos de criação própria e artesanato das Caldas.
Mais que um museu com exposição de arte erótica, seria um espaço de difusão e apoio a quem ainda tem a coragem de enveredar por esta arte.
Em Portugal, seria o primeiro espaço dedicado ao erotismo. E estamos de acordo que a melhor cidade para o acolher é as Caldas da Rainha. E muito me agradaria que o meu projecto se tornasse um dia realidade... nessa cidade.

P. M.


-- excitação... isto é, fim de citação. Olha, mais uma entrada para a segunda edição do DiciOrdinário --

Este gajo anda a copiar-me. Eça é que é Eça...

7 de março de 2009

Enquanto não chega o DiciOrdinário *

pornografia - qualquer texto, imagem ou filme que deixa de ter qualquer interesse depois de nos termos masturbado.

* mas está quase...

6 de março de 2009

Pedofilia

O tema da pedofilia desperta reacções radicais. É política e socialmente incorrecto dizer-se algo que possa dar a entender que se é pedófilo ou se defende a pedofilia. Para que conste (pois quem tem cu tem medo... e eu tenho ambos), sou (e este blog é) totalmente contra qualquer forma de sexo que não seja consentida de forma livre e idónea pelas pessoas envolvidas (isto é uma forma subtil q.b. para excluir sexo com animais; eu sei que não assinam contratos nem sequer recebem qualquer gratificação além de palha ou ração... mas aí cai-me o pé para o chinelo porque acho curioso... tal como imaginar aquele açoreano que um dia me confessou que "uma aboborinha madurinha, batidinha pelo sol, faz-se-lhe um buraquinho e não há nada melhor"... e as abóboras nem podem dar coices).

Voltemos ao tema, que como gosto de dizer, se eu fosse uma fórmula do Excel dava sempre erro, porque começo a abrir parêntesis e não os fecho. Sempre gostei de conhecer pontos de vista diferentes. Por isso adorei ler o artigo «Internet child pornography consumers aren’t always pedophiles» («nem sempre os consumidores de pornografia infantil são pedófilos»), escrito por Hy Bloom para a canadiana Lawyers Weekly em 27 de Fevereiro.
Eis alguns excertos em tradução livre:
"Do interesse mais banal pelo erotismo leve ao mais retorcido (incluindo o sádico ou degradante) e ilegal (onde se inclui a pronografia infantil), tudo pode ser satisfeito na privacidade da própria casa, em alguns casos sem qualquer custo. Quanto mais problemático o interesse, mais provavelmente incorrerá em sanções penais".
"Os consumidores de pornografia na internet são um grupo heterogéneo que inclui, entre outros (de uma lista não exaustiva): reprimidos, tímidos, medrosos, insaciáveis, compulsivos e viciados, impulsivos, inadaptados, fetichistas, masoquistas, pervertidos (um termo social e moral), sujeitos com parafilias (termo médico) e, ah, sim, os «normais». A maioria dos distúrbios mentais, como no caso das pessoas bipolares, estão ocasionalmente envolvidos."
"Contrariamente aos pontos de vista de alguns, incluindo legisladores, advogados e talvez até juízes, nem todos os consumidores de pornografia infantil são pedófilos. Há muitas razões pelas quais alguém acusado pode ter acedido ou ter em sua posse pornografia infantil obtida pela internet."
"Há subclasses nos consumidores de pornografia infantil na internet, incluindo aqueles que procuram esse tipo de imagens e estímulos deliberada e exclusivamente; aqueles que se deparam com ela e, à parte do seu conteúdo erótico, sentiram excitação pela natureza proibida e ilegal desse material. Há indivíduos com interesses sexuais polimorfos para os quais a novidade e a variedade são, pelo menos se não mais, importantes que um determinado tipo de material. Este último grupo, assim como aqueles que demonstram propensão para o sexo virtual compulsivo como um vício, podem ficar dominados pelas suas necessidades (...) num grau tal que tem impacto ou amortece o seu juízo na diferenciação entre uma fonte (aceitável) de outra fonte (inaceitável)."
"Poderá haver subgrupos de pedófilos por aí que vivem exclusivamente na fantasia e têm os recursos, auto-controlo e um conjunto de interesses sexuais aceitáveis e comportamentos que evitam, com sucesso, concretizar esses pensamentos (alguns apenas evitam ser apanhados). Na (falsa, como se constata) segurança de suas casas, o acesso por computadores criou a primeira ocasião pela qual um erro de cálculo (...) os levou a a voar de cabeça contra o radar."
"Distinguir o pedófilo de alguém acusado de ver e descarregar pornografia infantil da internet (...) tem diferentes implicações no risco e bem-estar da sociedade e, possivelmente, são situações completamente diferentes para o sistema de justiça."
"Indivíduos condenados por crimes que caem na categoria geral da pornografia infantil na internet irão suportar já a designação de «ofensor sexual». Se a verdade sobre o diagnóstico sexual (ou sua inexistência) e a motivação do indivíduo não forem tidos em consideração, então o indivíduo pode ser ainda carimbado como «pedófilo» - um termo ainda mais repugnante e pejorativo, socialmente pesado que poderia condená-lo para toda a vida."

Polémico, Noé?

3 de março de 2009

Se te apetece uma sandes de ti próprio, vai lá, vai!


Anúncio de convívio do «Diário de Coimbra»